Dia -1; sábado, 23 de janeiro de 2016; Madrid – Huilo Huilo


00h20 partida Madrid em direcção a Santiago do Chile num voo com uma duração estimada de 13h25m (chegada às 09h45m hora chilena).

O voo correu conforme previsto, chegando à hora prevista, teríamos (o José juntar-se-ia a mim em Santiago do Chile) agora voo para Temuco às 12h30m, à partida teria tempo mais do que suficiente, mas…
…primeiro passar pelo controlo fronteiriço, fila enorme…levantar a bagagem (uma mala da bicicleta e outra com roupa)…passar a fronteira com malas a terem que passar nos scanners e nova fila interminável…agora é a vez de fazer check-in para Temuco, mais uma fila, esta mais pequena. Bem em suma conseguiu-se fazer tudo a tempo e o José juntou-se a mim na porta de embarque a tempo da primeira cerveza chilena.
Passada 01h20m chegámos a Temuco, descarregámos as malas, encontramos um grupo de atletas que chegaram no mesmo voo e iriam acompanhar-nos na viagem até Huilo-Huilo.

Tínhamos no aeroporto o Daniel Püschel (Transandes Challenge coordinator) à nossa espera, depois de organizada a trupe (essencialmente espanhóis) e arrumadas as bicicletas arrancamos direito no pequeno autocarro para Huilo-Huilo que fica a cerca de 200 kms, por estrada nacional e no final macadame.


Pelo caminho paragem em Panguipulli onde desfrutámos da primeira refeição de faca e garfo após muitas horas (no meu caso 40), bife a lo pobre (um tipo de bitoque com ovo duplo).

Pela frente temos ainda 80 km até à reserva natural onde fica o acampamento. Grande parte do caminho é feita numa estrada ao largo do lago Panguipulli e quase sempre com o vulcão Mocho-Choshuenco em vista, simplesmente fabuloso, já a parte final com o piso em muito mau estado e com muito pó no ar, foi particularmente desagradável, tendo em conta tudo por que já tínhamos passado para chegar aqui.

Chegados ao acampamento o ritual é aquele já conhecido: fazer registo; escolher tenda; descarregar; malas; montar bicicletas; arrumar tenda e procurar informações para o local onde jantar.  

Terminada a logística saímos para jantar na povoação chamada Puerto Fuy, na margem do lago Pirihueico. A vista é absolutamente fantástica, com a floresta a rodeá-lo e as montanhas a coroá-lo com sua beleza imponente. A comida e a atmosfera do restaurante Marina Fuy Hotel Boutique fica como uma referência de dia em cheio.

Agora era regressar a pedalar ao acampamento, sem luzes e pelo estradão de macadame. Os olhos até se habituam bem ao escuro, o problema é o alternar com as luzes dos carros, que nos encadeiam completamente, e as faixas de pedra solta, mas também são apenas 2 quilómetros. Chegados ao acampamento ainda queríamos tomar um duche antes de deitar, mas já estavam desligados, ficamos pelo lavar dos dentes e deitar.

Foram apenas 700 km de carro, 12.000 km de avião, 172 km de autocarro.