
A alvorada foi madrugadora, acordámos às 5h30, mas estas são as condicionantes naturais de dormir num pavilhão com mais umas centenas de atletas, o segredo é deitar o mais cedo possível.
Tivemos que esperar cerca de uma hora (de facto não tínhamos mas pareceu-nos mais prudente) depois de já estarmos despachados e com as malas prontas para serem carregadas na carrinha que as transporta para a local de chegada da etapa (Imst).
Após malas carregadas, partimos para a zona do pequeno-almoço (a mesma do “Pasta Party” de ontem). Havia tudo o que a mim me parece necessário para uma boa refeição pré-prova, fruta e comida mais do que suficiente.
Agora é tempo de levantar as bicicletas que pernoitaram no parque fechado (“Parc Ferme”) e ir para o local de partida que se situa numa das mais importantes vias desta cidade bávara e esperar cerca de hora e meia para arrancarmos.
O afastamento da linha de partida não nos permitiu ouvir a maior parte dos comentários, nem tão pouco a música “Highway to hell” que é apanágio das partidas de todas as etapas do Transalp, no entanto conseguimos ouvir antes de partir o tema “I will survive”.
9h30: partida, ou melhor largada de “toiros e cavalos”, impressionante o ritmo a que o pelotão arrancou e a forma como foi passando pelas ruas da cidade de Füssen para depois rumar ao castelo de Hohenschwangau e entrar no bosque.
Nos primeiro kms nós limitámo-nos a gerir e progredir sem arriscar qualquer colisão porque o aglomerado de atletas era extremamente propício para tal, por exemplo um dos elementos da equipa Sram Factory Team (Coimbra) ficou com duas valentes escoriações na perna direita depois de ter sido empurrado para cima de uma vedação.
O ritmo continuou altíssimo, na primeira hora de prova estávamos com uma média de 27 km/h, porque tanto o piso como as subidas pouco pronunciadas o permitiam.
Ao km 50 começa a grande dificuldade da primeira etapa com a ascensão de 800 mts em 6 kms para chegar a Marienbergjoch. Fomos trepando e passando alguns atletas mais ofegantes (a meio da subida lembrei-me que já tinha estado naquele sitio mas dessa vez tinha subido de teleférico, de qualquer forma só me vinha à cabeça a inclinação e os arrepios que tinha tido com os pés quase a roçar nos pinheiros).
Como tudo o que sobe desce, a descida foi rápida mas bastante controlada porque o piso era pedregoso com areia (usámos o excelente colete impermeável da Cofides que nos manteve a uma excelente temperatura na descida).
Os últimos kms foram feitos mais ao menos ao ritmo dos primeiros, muito rápidos para não apanharmos com a carga de água que se adivinhava pelas gotículas que já iam caindo (eu sou particularmente sensível a estas).
Mal chegámos a Imst caiu um dilúvio, que no entanto foi bastante fugaz.
Durante esta etapa sentimo-nos muito bem tanto a nível físico, com o apoio dos suplementos da Carboom, como a nível de condução onde as nossas Specialized Epic S-works tiveram um comportamento irrepreensível tanto na facilidade a trepar como na precisão a descer.
Os vencedores da etapa e as classificações dos Tugas foram:
1. Men
2:52.24,9 Team Bulls 9-1 Platt Karl 9-2 Sahm Stefan 48. Team Bicisintra 100. MOTOVEDRAS by M&M 102. SRAM FACTORY TEAM 2 118. Rocky Mountain/Douro Bike Race Portugal |
1. Women
3:22.34,7 Rothaus-Cube Damen-Team 20-1 Norgaard Kristine 20-2 Norgaard Anna-Sofie |
1. Mixed
3:09.57,7 Craft-Rocky Mountain Team 2 10-1 Sundstedt Pia 10-2 Gathof Daniel |
1. Master
3:01.57,4 Cube-Herren-Team 4-1 Wieltschnig Silvio 4-2 Bölts Udo 78. TEAM ATTITUDE 150. Saloios ? Descoberta |
1. Senior Master
31. Zenbio/Rocky Mountain